quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tango na Folha!

Leia a matéria publicada no caderno Ilustrada, do jornal Folha de São Paulo, na segunda-feira, dia 15 de agosto de 2011.


Agradeço a minha aluna Marilice, quem me trouxe a reportagem acima citada.

 (Otag - Orquestra Típica Agustín Guerrero)

Já os preparo para a acidez e sinceridade do jovem músico entrevistado. 
Não concordo quando ele diz que há algumas músicas "batidas", "fora de moda" que não devem mais ser tocadas, acredito que músicas realmente boas e belas são clássicas e eternas, cabe aos músicos da atualidade reproduzirem-nas em belos arranjos, seguindo gostos e tecnologias atuais.

Já pararam pra pensar como a tecnologia de gravação de músicas mudou de 1940 para 2012???
Talvez seja difícil para a maioria de nós querer em seu Ipod, para ouvir a qualquer hora, um tango gravado naquela época, mas ouçam uma versão de La Cumparsita tocada por uma orquestra atual, conseguimos rapidamente apreciar sua poesia.

 (Madero Tango)


No entanto, dou total razão a Agustín Guerrero, quando fala sobre os espetáculos "para turistas", na verdade ele não está criticando a classe turística, tão importante para a movimentação de qualquer economia (e tão importante para saúde mental de qualquer pessoa... rsrsrs), mas sim esse fenômeno simplificador das manifestações culturais, que resume e espreme e toda qualquer essência de  originalidade empacota e vende como Cultura de Massa exibida na televisão, em CDs de coletâneas e shows caríssimos.

(CD vendido à 5 reais pela internet)
 
 A essência do tango é a sociabilização e a cultura popular, é abrir espaço para qualquer pessoa entrar, participar e se sentir fazendo parte de um grupo, através de seus bailes, as Milongas. Onde ficou essa essência nas pessoas sentadas tão distantes dos palcos e bailarinos, em luxuosos e caríssimos jantares?

Não é só o tango que sofre massificação, mas acredito ser de extrema importância o respeito às tradições e aos tesouros antigos. 

(Milonga Daniel Salazar com a Otag tocando ao vivo)

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